Contrariamente à grande parte das pessoas, tenho algumas dificuldades em trabalhar sob pressão (sobretudo quando se trata de escrever/pensar/reproduzir ligações mentais mais ou menos manhosas). E pasmo-me com o meu ritmo de caracol de escrever uma média de uma página por cada 4 horas, o que, no somatório, dará qualquer coisa como umas assustadoras 12 horas para escrever uma recensão. A verdade é que, por mais intelectualmente aliciante que seja, já não posso ouvir falar de Benjamin, de Heidegger, de Kittler. Já não consigo dizer a palavra mediação e pensar em artes interactivas. Já pouco consigo pensar em algo de novo e questiono-me pela minha sanidade mental quando chego ao ponto de dizer que o corpo é sobretudo nó da corrente. Acho que fui sugada pelos media.
4 comentários:
Fiat ars, pereat mundus!
Se alguma coisa tem que ficar do Benjamin, ao menos que sejam frases boas para impressionar o resto das pessoas.
O problema da técnica, a barbárie, a experiência, a aura? Não, isso a mim não me diz nada. Mas ao menos sei frases em latim...
O que te disse no outro dia é pertinente neste contexto: odeio faculdades e afins por nos obrigarem a consumir precipitadamente alimentos que requerem digestões lentas e ponderadas.
Por mais interessante que seja o objecto de estudo, o resultado é sempre uma sensação de congestão quando acabamos os trabalhos. :S
animem-se, PJ Harvey em maio, no porto !!
Se tiveres cabeça para tal nesta época conturbada, há mais um desafio à tua espera no meu blog... "be afraid, be very afraid!" :P
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