sábado, 17 de janeiro de 2009

go to hell

Contrariamente à grande parte das pessoas, tenho algumas dificuldades em trabalhar sob pressão (sobretudo quando se trata de escrever/pensar/reproduzir ligações mentais mais ou menos manhosas). E pasmo-me com o meu ritmo de caracol de escrever uma média de uma página por cada 4 horas, o que, no somatório, dará qualquer coisa como umas assustadoras 12 horas para escrever uma recensão. A verdade é que, por mais intelectualmente aliciante que seja, já não posso ouvir falar de Benjamin, de Heidegger, de Kittler. Já não consigo dizer a palavra mediação e pensar em artes interactivas. Já pouco consigo pensar em algo de novo e questiono-me pela minha sanidade mental quando chego ao ponto de dizer que o corpo é sobretudo nó da corrente. Acho que fui sugada pelos media.

4 comentários:

Anónimo disse...

Fiat ars, pereat mundus!

Se alguma coisa tem que ficar do Benjamin, ao menos que sejam frases boas para impressionar o resto das pessoas.

O problema da técnica, a barbárie, a experiência, a aura? Não, isso a mim não me diz nada. Mas ao menos sei frases em latim...

Maria del Sol disse...

O que te disse no outro dia é pertinente neste contexto: odeio faculdades e afins por nos obrigarem a consumir precipitadamente alimentos que requerem digestões lentas e ponderadas.
Por mais interessante que seja o objecto de estudo, o resultado é sempre uma sensação de congestão quando acabamos os trabalhos. :S

SpetzNatz disse...

animem-se, PJ Harvey em maio, no porto !!

Maria del Sol disse...

Se tiveres cabeça para tal nesta época conturbada, há mais um desafio à tua espera no meu blog... "be afraid, be very afraid!" :P