domingo, 28 de novembro de 2010

palavras que voltam

Há já muitos anos que li N. pela primeira vez. Hoje voltei às primeiras páginas lidas e pensei que, não obstante a juventude do espírito de então, o olhar fora certeiro. Achei curioso, mas a verdade é que ante a seguinte frase nem o mais inexperiente dos discípulos consegue passar incólume. Atordoa, sim.

«talvez que então, sabendo rir, atirásseis um dia para o inferno todas as consolações metafísicas»

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

genealogia da moral

Fujo do meu tempo, como N.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Honestidade

" Nunca vi ninguém morrer pelo argumento ontológico. " - Camus

domingo, 7 de novembro de 2010

sobre as palavras

dever cingir-se àquilo de que se sabe é uma virtude. daquilo que não se pode falar, o melhor é ficar calado, já dizia W.

genealogia

Ele exige qualidades bovinas, e não as de um homem fin de siècle.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

patologia

Teve um problema ontológico excessivamente grave. Diz-se.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sr. Wittgenstein

Não podemos dizer que há mais do que três coisas no mundo.

in adaptado

pequenas grainhas que estão desfasadas. a marcha progride, mas sempre com certos desconfortos. uncanny is the new average, digo eu.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

voltar a abrir as janelas

Li recentemente sobre o encerramento da casa. A metáfora usada era perfeita. Empacotar e tudo fechar numa daquelas caixas de cartão que se arruma debaixo da cama para nunca mais lá mexer.

Senti saudades de casa. Daquele espaço de deixar a palavra correr.

A casa dá-me vontade de regressar ao natural. Quero Walden em mim. O celeiro do Andrew Bird. O silêncio. A pureza das coisas.

Como o philosopho N. estou cansada da «raça rude e laboriosa de construtores de máquinas e pontes que nada têm para fazer senão trabalhos grosseiros».