quinta-feira, 3 de abril de 2008

Like a rolling stone

Em plena vigência da ditatura da doxa, em que todo aquele que não tem uma opinião formada sobre tudo é tido como culturalmente desinteressante ou socialmente alienado, em que a divergência e plurifonia de vozes parece ser a marca da identidade sólida, em que um certo pudor ou falsidade chega a revestir as ideias supostamente próprias, à luz, mais popularmente de Dylan, e face ao confronto com, novamente, palavras de Platão (ainda hoje me interrogo porque raio o JC tem uma legião de fãs que oscila entre os magnatas e os paupérrimos, quando plagia muitos dos princípios platónicos, e de forma descarada) só o lembrete de que somos simples, vãs e podres rolling stones.


É que na situação em que nos encontramos hoje, é uma vergonha supormos que valemos alguma coisa, quando estamos sempre a mudar de opinião, mesmo em relação aos assuntos mais importantes, tão grande é a nossa ignorância.


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