Se o universo dos singers-songwriters em emergência se nos tem afigurado, ao longo, pelo menos, do anos 90 e 2000, como técnica e, igualmente, nos termos da sensibilidade, rico, e aqui volto a fazer referência a nomes como Josh Rouse, Ryan Adams, Elliott Smith, evidentemente Jeff Buckley e, mais recentemente Patrick Watson, não descurando as composições no feminino, nomeadamente Feist, Cat Power, Aimee Mann, e, roçando as fronteiras convencionais, Marissa Nadler, Jana Hunter, Sibylle Baier ou Joanna Newsom, hoje pretendo invocar o berço de toda esta profusão de genialidade efervescente. Para tal, é fulcral remetermo-nos não somente para os anos 80, em que nomes, como Kate Bush ou até mesmo Tori Amos se mostraram fundamentais para a progressão do género, ou para os 70s de Young e Cohen, mas sobretudo para o Folk dos anos 60 - por excelência berço do mundo do "cantautor". E aqui refiro-me essencialmente a cinco grandes nomes: Dylan, Cash, Baez, Janis e Mitchell.
Se estes cinco nomes funcionam perfeitamente a sólo, quando em conjunto, a fasquia aumenta consideravelmente. E se, com efeito, o envolvimento romântico de Joan Baez e Dylan contribui, especialmente, para a ascenção ao estrelato do Mr. Bojangles, o legado que ambos têm deixado no âmbito da história da música popular folk - do qual destaco Any Way Now, albúm em que Baez canta Dylan - vai muito além de uma união de dois espíritos jovens, revolucionários e com a pretensão de mudar o mundo. Talvez a comunhão de Dylan e Baez se alastre a todos aqueles que igualmente, de quando em quando, sucumbam a algumas "Tears of Rage".
Se estes cinco nomes funcionam perfeitamente a sólo, quando em conjunto, a fasquia aumenta consideravelmente. E se, com efeito, o envolvimento romântico de Joan Baez e Dylan contribui, especialmente, para a ascenção ao estrelato do Mr. Bojangles, o legado que ambos têm deixado no âmbito da história da música popular folk - do qual destaco Any Way Now, albúm em que Baez canta Dylan - vai muito além de uma união de dois espíritos jovens, revolucionários e com a pretensão de mudar o mundo. Talvez a comunhão de Dylan e Baez se alastre a todos aqueles que igualmente, de quando em quando, sucumbam a algumas "Tears of Rage".
9 comentários:
a primeira frase tá pequena, tá :D
não sei se concordo com a referência à Joan Baez no meio desses nomes.
Parece-me maiores referências, no princípio dos 70s, um Nick Drake. E se formos mesmo aos 70s um Leonard Cohen ou um Neil Young.
A Baez lançou o Dylan. E sim, saltei os 70. Mas fundamentalmente porque queria chegar aos 60 do Folk.
Lacuna resolvida.
o que eras tu sem mim? hein?
Posssivelmente tinha menos comentários. :P
Realmente impunha-se um post sobre este assunto depois do "cameo" de Julianne Moore como Joan Baez no "I'm not there". É uma grande senhora cuja eu (infelizmente)conheço apenas de forma superficial. :)
Gostei, sim senhora. Mas e o Mark Kozelek!?
leia-se: "(...) cuja obra (...)"
Tenho uma relação de amor-ódio com os teclados :S
Fogo, não conheço nem uma das pessoas de quem tu falas... Sinto-me burro!! Queres falar da colecção Primavera/Verão 2008 da Chanel? Podemos discutir isso... =P
*
Enviar um comentário