quarta-feira, 14 de outubro de 2009

letra, som e riso

Enquanto o Outono não chega, deliciamo-nos com a música dos Vetiver (e o seu último disco Tight Knit), a estética nipónica de Kawabata (com Kyoto) e a ironia requintada de Woody, cujo excerto abaixo, extraído do hilariante Para acabar de vez com a cultura, tem dado o mote perfeito para os atrasados dias solarengos.

Depois da invasão dos Aliados, Hitler começou a ficar com o cabelo seco e eriçado. Isto era devido, quer ao êxito dos Aliados, quer ao conselho de Goebbels, que lhe dissera para o lavar todos os dias. Quando o general Guderian soube deste facto, imediatamente se deslocou da frente russa e disse ao Fuhrer que só devia lavar o cabelo, no máximo, três vezes por semana. Este era o procedimento seguido com grande sucesso pelo Estado-Maior nas duas últimas guerras. Hitler uma vez mais ultrapassou os seus generais e continuou a lavá-lo diariamente. Bormann ajudava Hitler nas lavagens e parecia estar sempre presente com um pente na mão. Deste modo, Hitler tornou-se dependente de Bormann e antes de se ver ao espelho queria sempre que Bormann o fizesse antes dele. Conforme os exércitos aliados avançavam a leste, o cabelo de Hitler piorava. Seco e desgrenhado, muitas vezes bramava durante horas sobre o belo corte de cabelo e barba que faria quando a Alemanha ganhasse a guerra e talvez mesmo uma engraxadela. Hoje compreendo que, de facto, nunca teve a intenção de o fazer.


As Memórias de Schmeed

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