terça-feira, 29 de julho de 2008

Tears for Affairs


I'm shedding tears for affairs
I’m a stupid little thing
Oh I can tell you this for nothing
You won’t win


segunda-feira, 28 de julho de 2008

El Cinema

Férias - o ócio reina e os prazeres tomam contam da alma e do corpo. Com pouca vontade de dar olás ao mundo, aqui deixo apenas sugestões para os dias de lazer, as que têm feito os meus, dias e noites. Nisto tenho que me opor ao David Berman ,"I do see the use in staying up just to watch tv."



domingo, 20 de julho de 2008

Girl's Song in Winter


Muito já aqui se escreveu sobre os singer-songwriters na música pop/folk. O motivo é bastante simples: a cada vez que descubro uma nova voz, a minha fidelidade para com este específico estilo condensa-se.

Hoje, quero aqui destacar Vashti Bunyan, cantora britânica que, aos 19 anos, disse: "I want to be a pop-singer". Estávamos nos anos 60, em que as vozes femininas cantavam sobretudo o amor, a paixão e a jovialidade, mas Vashti viria a desbravar todo um novo terreno, que, só recentemente, com a profusão da vaga "new weird America" e do "freak folk", viria a ser consagrado.

Influenciada pelos trabalhos de Bob Dylan, diz a própria que, na época, por mais que quisesse escrever canções de amor, estava demasiado embrenhada no universo do Mr. Tambourine Man. Escreveu a própria: "Bob Dylan's words began to fill the air in my young head and to educate me more than anything in my life had ever done".

Percebe então que não quer ser uma cantora folk-pop tradicional, mas antes fazer anti-love pop songs, alegando, "they are more realistic about love than ordinary songs". Acrescentando, dizia ainda: "love is changeable, you cannot pin anything or anyone down in this world - if you try it mostly won't work. I still feel the same, suspended in a life that has turned and twisted in many unexpected ways, some good, some not so good, but always and still filled with hope".

A compilação de Vashti editada no ano passado, sob o nome do seu grande single Some Things Just Sitck In Your Mind, é um bom começo para conhecer o trabalho da cantora, a jovem de 19 anos que trauteava:

I love you now as you don't love me

I can't let you know - you're too far away

But I wonder now just what did you see

When you looked at me in that loveless way.


terça-feira, 15 de julho de 2008

Talvez tudo o que eu precise seja um tiro no braço

Depois de ter lido que o Obama é grande fã dos Wilco lembrei-me que já não os ouvia há longos meses. Ontem voltei a perceber porque é que gosto tanto deles. Aquele Kicking Television (albúm de dois discos ao vivo) diz tudo. É quase orgásmico.

Aqui fica I'm The Man Who Loves You

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Summertime

Passa-se o mês de Julho e não vi/vou ver os senhores Dylan e Young, os meus caros Nouvelle Vague, de novo, os gipsys Gogol, os ternamente densos The National, o senhor da composição Will Oldham, nem as coisinhas novas que por aí pululam (Vampire Weekend, MGMT, Hercules and Love Affair e a Róisín). Precalços de quem não é burguês e que é atingido por "calamidades físicas" nas alturas menos oportunas.

Já que não fui/vou ao Alive (que tanto propagandeei) hoje fica aqui uma humilde homenagem àquele que foi um dos maiores compositores norte-americanos, que teve a arte de conjugar o clássico com o popular, o elitista com o mais urbano jazz. Hoje relembra-se a data da sua morte, e melhor não poderia ser senão com o eterno o Summertime, na voz de Ella.

sábado, 5 de julho de 2008

Literatura = Química?

Em virtude das quentes discussões acerca dos exames nacionais de 12º e 9ºs anos de Português, apenas podemos dizer que a tentativa de 'positivizar' a língua e a literatura está a ganhar cada vez mais adeptos, estúpidos e ocos asnos que submissamente seguem a "asna" maior".
Lia-se no Público de ontem, num artigo de Maria Filomena Mónica (apesar dos amores ou desamores que a mesma suscite), o tipo de barbaridades patentes nos exames do presente ano. Choca-nos saber que a análise literária está a reduzir-se aos modelos de escolha múltipla, ao Verdadeiro/Falso, a estratégias claras de prescrever uma única e possível resposta correcta. Seria isto lógico, mas mesmo assim anti-demagógico, talvez numa disciplina das Ciências Exactas. O problema surge quando, armando-se em 'Comtes do século XXI' estes patronos escolares, subsumem a riqueza de um texto e do pensamento criativo dos alunos a um único campo interpretativo, o que nos faz pensar que estes indivíduos não querem ser asnos sózinhos, mas criar uma comunidade de burros com antolhos.
Ridículo é também substituir a análise literária de um excerto de uma obra, num exame de Português, por um texto propagandista, que só não parece retirado de um livro da 3ª classe de 1965, porque a apologia versa agora sobre a "nova pátria europeia". Eis o início de um dos textos presentes no exame de Português do 9ºano: "A União Europeia está empenhada no desenvolvimento sustentável. Para tal é necessário um equilíbrio cuidado entre a prosperidade económica, a justiça social e um ambiente saudável. De facto, quando visados em simultâneo, estes três objectivos podem reforçar-se mutuamente. As políticas que favorecem o ambiente podem ser benéficas para a inovação e competitividade. Por sua vez, estas impulsionam o crescimento económico, que é vital para atingir os objectivos sociais".
Propaganda e estupidificação são as novas palavras de ordem no ensino português, que descura a sensibilidade e a formação intelectual e cívica dos alunos, em favor dos rótulos, das avaliações de professores, dos 18s e 19s para inglês ver.
No fundo, e na superfície, isto é tudo uma choldra.
Oops... A senhora ministra não deve ter lido Os Maias.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

How many, how many?

Uma boa dose de rap, hip-hop e funk urbano-tribal, cantado num polite british, a que só agora me rendi.


M.I.A. - Kala

To fit

Ela sabia que o par de sandálias não eram à sua medida. E que quando o fossem, já seria demasiado tarde.

Hoje sonhei com isto.